Conhecimento
ESPM ...MAIS QUE UM APLICATIVO ... O INÍCIO DE UM NOVO ESTADO
Visando implementar os conceitos de Cidades Humanas, Inteligentes e Sustentáveis (CHIS), o ES Na Palma da Mão (ESPM) traz uma plataforma de serviços acessíveis para qualquer cidadão interagir com a cidade, independente se ele possui deficiência visual. O ESPM auxilia o capixaba a resolver problemas do seu cotidiano de forma simples e eficaz como mostrar qual ônibus ele pode embarcar ou avisá-lo da aproximação deste ônibus. Além disso, o ESPM ajuda o capixaba na busca do seu primeiro emprego, por meio de recomendações de vagas de emprego ou de cursos de formação.
O projeto ESPM é uma iniciativa do Governo do Espírito Santo de se aproximar de seus cidadãos entregando serviços com acesso fácil, portátil e centralizado, possibilitando ao cidadão acessar na palma da mão utilizando um dispositivo móvel. Por meio do login único, a proposta é conhecer cada cidadão capixaba, melhorando sua experiência de acesso aos serviços e, consequentemente, sua qualidade de vida.
Conforme descrito por Alexander Lara Prado (2016), o conceito de Cidades Humanas, Inteligentes e Sustentáveis (CHIS) tem se tornado um assunto popular nas escolas, grupos de pesquisas, setores públicos responsáveis pelo planejamento e gestão de cidades e até mesmo em companhias de tecnologia. Afinal, apenas sobre o prisma econômico, as CHIS devem movimentar em 2020 um mercado de $1.6 trilhões em cidades da Europa e dos EUA.
Dentre as definições de CHIS, duas merecem destaque por colocar as pessoas como centro da cidade: a primeira é definida por Streitz (2011): “Uma CHIS possui lugares e ambientes onde as pessoas possam desfrutar o seu dia a dia e o trabalho de forma agradável, e essa ainda oferece múltiplas oportunidades que permitam explorar o potencial humano e criativo da população.” A segunda definição é apresentada por Yigitcanlar, em 2016, no artigo Technology and the city: systems, applications and implications, descreve que uma CHIS é uma “cidade do século 21 que tenta como objetivo equilibrar e sustentar o desenvolvimento econômico, social, ambiental e institucional”.
Diante desse cenário, implementar conceitos de CHIS é uma oportunidade para o Governo do Espírito Santo prover serviços e aplicações acessíveis para qualquer cidadão levando transformação à vida dos capixabas. Além disso, chances de desenvolver parcerias com iniciativas privadas e um arcabouço para socialização dos dados governamentais são fatores que impulsionaram o desenvolvimento do ESPM.
A proposta do ESPM surgiu para atender as Orientações Estratégicas 2015-2018 do Governo do Estado do Espírito Santo, no âmbito do pilar estratégico de Gestão Pública, realizando as entregas (i) ampliação e fortalecimento da oferta de serviços públicos pela internet e (ii) dinamização dos canais digitais de comunicação do Governo, ampliando o diálogo com o cidadão através de mídias sociais e plataformas colaborativas.
Especificamente o ESPM tem como desafios (i) melhorar a qualidade e a eficiência dos serviços públicos e (ii) integrar o Governo com a sociedade. Ademais, entre os beneficios, vale destacar:
- Redução do tempo de entrega do serviço público; e
- Melhoria dos resultados de pesquisa de satisfação do usuário.
Importante lembrar que o ESPM observa as diretrizes dos projetos estruturantes do Governo do Estado do Espírito Santo e tem como proposta de valor levar transformação digital para a sociedade capixaba, incorporando conveniência na prestação e utilização dos serviços públicos, incentivando o desenvolvimento de iniciativas privadas dentro e fora da região metropolitana da grande vitória.
Por fim, O ESPM contribui para não somente fornecer um barramento de serviços adequados para levar as cidades capixabas a se tornarem mais humanas, inteligentes e sustentáveis no Espírito Santo, como também mudar a cultura no desenvolvimento de produtos tanto para os órgãos governamentais quanto para a população capixaba
LEDS UP! UM FRAMEWORK PARA DESENVOLVIMENTO DE SOLUÇÕES E PESSOAS
O Leds Up! é um framework educacional direcionado para o desenvolvimento de soluções e de pessoas. Este surgiu baseado em conceitos e princípios que regem algumas técnicas de desenvolvimento de soluções e educação, essas seriam: Educação Centrada no Estudante (Sala de aula invertida, do inglês Flipped Classroom, Aprendizagem Centrada no estudante, do inglês Student Centered Learning, e Aprendizado baseado em projeto, do inglês Project Based Learning) Manifesto Ágil, HCD (Human Centered Design), eXtreme Programming dentre outras abordagens. Por ser um framework, o Leds Up! não d etermina que todos os processos e ferramentas sejam adotados, fica a cargo dos usuários escolherem o que é mais apropriado para o seu projeto.
O Leds Up! foi desenvolvido levando em consideração as seguintes premissas:
- O problema relacionado ao projeto não está tão bem definido: é considerado que o solicitante do projeto não sabe ao certo qual o problema que ele deseja resolver, portanto o problema e, consequentemente, a solução podem mudar ao longo do
desenvolvimento. - Não há uma solução pré-definida para o projeto: mesmo que o solicitante procure o Leds para resolver um problema já propondo a solução, esta será "descoberta" e desenvolvida ao longo do processo.
- A equipe possui de 2 a 6 participantes: Equipes pequenas são um fator importante para a aplicação das técnicas envolvidas nos processos.
- Todos aprendem ao longo do projeto: há um aprendizado ao longo do projeto, tanto por parte do entendimento do problema quanto no desenvolvimento da solução. Assim, há a necessidade que os integrantes
estejam dispostos a aprender o tempo todo. - O projeto será passado para uma outra equipe: ao término do projeto, este será passado para uma outra equipe para garantir a manutenção e evolução do projeto.
O framework é composto pelos seguintes macroprocessos: Aquecimento, Imersão, Gestão de Ensino e Aprendizagem, Gestão de projetos, Construção e Post-Mortem.
O macroprocesso Aquecimento tem como objetivo o conhecimento das habilidades individuais dos membros da equipe e iniciar a construção do espírito de equipe. Em seguida, o macroprocesso Imersão tem como objetivo entender o problema proposto e então estipular o MVP. É na etapa de Imersão que a equipe inicia o planejamento do projeto, e têm como resultado as funcionalidades mínimas que a solução deve conter para corresponder as necessidades do público alvo. Logo, o macroprocesso Construção tem como objetivo a construção do MVP e o ensino das metodologias e tecnologias necessárias para o desenvolvimento. Por fim, o macroprocesso Post-Mortem tem como objetivo principal estudar o decorrer do desenvolvimento do projeto para registrar e apresentar as lições aprendidas para os clientes e equipe de desenvolvimento. O conhecimento registrado pode ser útil em futuros projetos.
Em paralelo com esses quatro macroprocessos estão dois outros macroprocessos: Gestão de Ensino e Aprendizagem e Gestão de Projeto. O primeiro é responsável por medir e guiar o aprendizado dos membros da equipe ao longo do projeto e o segundo tem por finalidade gerenciar todos os aspectos presentes no projeto, como, por exemplo, escopo, recursos e aquisições.
Para mais informações acesse: http://leds.sr.ifes.edu.br/index.php?option=com_blankcomponent&view=default&Itemid=590